Começou a ser desenvolvido em 1943 para computar trajetórias táticas que exigissem conhecimento substancial em matemática, mas só se tornou operacional após o final da guerra, em 1946.
Não tinha sistema operacional e seu funcionamento era parecido com uma calculadora simples de hoje e era operado manualmente.
Servia para efetuar cálculos e baseava a sua estrutura nos avanços científicos já anteriormente desenvolvidos, como as sofisticadas máquinas de cálculos matemáticos de Charles Babage, as calculadoras mecânicas de Blaise Pascal, Leibniz e Charles Xavier Thomas, nos relés eletromagnéticos, nas válvulas e nas máquinas perfuradoras de cartões.
O ENIAC possuía 17 468 tubos de vácuo (Válvulas), 70 000 resistências, 10.000 condensadores, 1.501 relés e 6.000 interruptores. Pesava 30 toneladas, consumia 200.000 watts de potencia e ocupava 167m2 em várias salas. Quando em operação produzia tanto calor que necessitava de um sistema de ar forçado para arrefecimento. Era tão grande que tinha de ser disposto em U com três painéis sobre rodas, para que os operadores se pudessem mover a volta dele.
Os cálculos de balísticos passaram se realizar nuns alucinantes 30 segundos, enquanto que com as calculadoras manuais que até aí se usava, demorava 12 horas para se obter o mesmo resultado. Operava na base dez e não em base binária e sua capacidade de processamento era de 5.000 operações por segundo.
O centro de processamento tinha uma estrutura muito simular a dos processadores mais básicos que atualmente utilizamos nas nossas calculadoras de bolso. Tinha 20 registros de dez dígitos cada, onde se podiam efetuar somas, subtrações, multiplicações, divisões e raízes quadradas.